O ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO COMO SUJEITO ATIVO NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Abstract

A presente pesquisa apresentou um estudo teórico e de campo acerca da temática da avaliação da aprendizagem escolar sob a ótica do estudante do Ensino Médio da cidade de Itaberaí/Go, partindo da problemática: Qual é a visão e atuação do estudante do ensino médio sobre o processo de avaliação da aprendizagem escolar? Ou seja, como este estudante se vê e atua nesse processo desenvolvido pelo docente e pela escola, tendo como essência da pesquisa a realização de um questionário com estudantes das escolas da rede pública e particular, bem como da análise documental do Projeto Político-Pedagógico e Regimento Interno destas mesmas Unidades Escolares. O objetivo geral nesta pesquisa foi o de explicitar o significado da avaliação escolar na relação dialética ensino e aprendizagem sob a ótica do estudante do ensino médio. Para que seja alcançando esse objetivo, é necessário atentar-se aos objetivos específicos:Analisar como a avaliação se insere no processo ensino e aprendizagem na educação formal e informal: Compreender historicamente a finalidade e as etapas do processo de avaliação educacional; Demonstrar como os principais documentos norteadores da prática educativa regimentam o processo avaliativo e; Evidenciar como se efetiva o processo avaliativo da aprendizagem escolar sob a perspectiva do estudantes. O texto apresentou uma pesquisa com uma abordagem qualitativa, por meio, primeiramente, de levantamento bibliográfico nos quais contou com as contribuições teóricas fundamentadas para subsidiar este estudo investigativo, sendo consideradas como principais referências: Charlot (2000), Freire (1996, 2001 e 2005), Tyler (1979), Kuethe (1977), Libâneo (2013), que abordam uma compreensão crítica do processo de ensino e aprendizagem na construção de uma prática educativa mais reflexiva e dialógica. Quanto à conceituação e ampliação da abordagem sobre avaliação, autores como Vianna (2005) e Hadji (2001), Lima Filho & Trompieri Filho (2012); Luckesi (1998 e 2011a e 2011b); Hoffmann (2003, 2005, 2013, 2017a e 2017b); Villas Boas (2001,2017,) Freitas (2005, 2010); Vasconcelos (2004a, 2004b 2008) e Chaves (2003) que trazem uma narrativa da avaliação da aprendizagem escolar perpassando pela pedagogia do exame até a uma avaliação como um ato amoroso e formativo. A pesquisa se deu também por meio da análise documental realizada com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDBs – N. 4024/61. N. 5691/71 e N. 9394/96), com a Resolução do Conselho Estadual de Educação do Estado de Goiás N. O3, de fevereiro de 2018 (Resolução CEE/CP N.03/2018) e com o Projeto Político-pedagógico (PPP) das Unidades Escolares que participaram da pesquisa, pois são eles que regem o trabalho pedagógico da Escola e norteiam a prática escolar. Por fim, a realização da pesquisa campo com o propósito de aplicar um questionário que possibilitasse a oitiva dos estudantes partindo de questões subjetivas, propiciando uma coleta de dados com maior qualidade que pudesse refutar ou validar as teorias apresentadas e os documentos escolares analisados. Os resultados sobre a avaliação a configuraram como uma ferramenta punitiva, examinadora, estressante, com foco ora no ensino e ora na aprendizagem e com isso, fragmentando o processo ensino-aprendizagem-avaliação. Outro resultado deste estudo investigativo foi a compreensão de que há uma possibilidade de fortalecer algumas práticas avaliativas formativas no ambiente escolar que promovam a participação e a coletividade, podendo se consolidar em uma avaliação mais democrática crítica e formadora.